Ficha de Elena C. García

Ficha de Personagem

Alcunha: Sereia

Idade: 19 anos

Grupo: Independente

Espécie: Mutante

"Mutante é um humano que nasceu com modificações fisiológicas que o fazem possuidor de habilidades anormais, ou seja, diferente de outros super-heróis cujos poderes são frutos de acidentes ou experimentos, os dons mutantes são inatos"

Aparência:
Possui cabelos longos - negros e lisos, tendendo ao ondulado -, e é detentora de belos orbes verdes (facilmente confundido com azuis) - os quais seu pai compara a um par de rubis. Seu nariz é fino e seus lábios são carnudos. A acentuada atenção e cuidado com sua aparência lhe garantiram uma boa forma e um corpo considerado escultural. Tem 1,71 de altura. Uma boa definição de beleza, não acha? Isso a fez ter uma boa carreira como modelo.


Psicológico:
Muito observadora; sarcástica; corajosa; audaciosa; espontânea; orgulhosa; irreverente; proativa. As nove palavras perfeitas para definir Elena. É uma garota de personalidade forte e marcante, muito definida no que quer e determinada em todos os seus objetivos. Pode não parecer muito agradável ou sociável à primeira vista, mas tem carisma e sabe ser agradável aos que se aproximam – basta quebrantar a aparência série e sorrir, pois afinal, quem resistiria a um sorriso seu? Por trás de tudo isso, ainda existe uma garota frágil e até necessitada de atenção, mas aquele quê de frieza e arrogância que Elena possuiu acabam por ocultar isso bem.


Afiliações: Capitão Juán García (pai); Esperanza Castillo García (mãe, falecida); Golden (cachorro);







▬ Hidrocinese: Capacidade de controlar e manipular a água.

▬ Sedução: Habilidade de despertar simpatia, atração, desejo; capacidade de persuasão. Tal capacidade é considerada humanamente além dos "padrões comuns".

▬ Forma Sereia: Elena pode realmente adquirir a aparência de uma sereia, com uma imensa cauda de peixe, mas claro, isso só ocorre quando estiver na água. Para os primeiros níveis e pouca dominação desta habilidade, há certa dificuldade para fazer o "caminho oposto": da cauda de sereia para pernas humanas.

▬ Dom da Profecia: Habilidade inata na qual o detentor prevê algo do futuro através de sonhos, visões ou pressentimentos. Bastante descontrolada no começo e as visões podem parecer sem nexo. {Após um tempo transcorrido em on game, Elena descobrirá que uma náiade - ninfas aquáticas com dom de cura e profecia, segundo a mitologia grega - faz parte de sua ascendência, e dela herdou o dom da profecia. Por isso, será uma habilidade ativada apenas a partir do nível 3.}





▬ Conhecimento: Geografia/Geopolítica e Diplomacia (é assim que se domina o mundo! -q)

▬ Arquearia: O melhor para Elena é um arco e flechas, pois é a sua melhor habilidade no que se refere a armas. Começou a praticar por recomendação de um psicólogo após a perder sua mãe, para que se desestressasse, como uma válvula de escape. Junto à arquearia nesse escape, foi incluída a dança.




▬ Vénus (Arco longo feito de ouro dourado com detalhes em seu decorrer feito em ouro branco, o cordel é forte e sustenta bastante pressão) & Aljava (contém 30 flechas)




▬ Dependência da Água: Apesar de poder adaptar a forma de suas pernas do mar para a terra, Sereia ainda é dependente de ambientes marinhos ou de pelo menos alguma proximidade com a água, - no mínimo úmidos! Do contrário, sente-se fraca. Um clima muito seco é suficiente para fazê-la sentir-se mal.

▬ Defeito de Narciso: Como o garoto de beleza exuberante do mito grego, Elena possui o mesmo defeito de reconhecer sua beleza e ser orgulhosa devido a isso. Narciso foi vítima de Nêmesis - deusa da vingança - por ter partido o coração de muitas moças, e ela usou de sua própria beleza para matá-lo: mirando o seu reflexo na água.

▬ Elena não é uma boa combatente, é melhor com seu arco e com seus conhecimentos de mundo. Então, se ela for pega sem Vénus (seu arco) e sua aljava, terá que apelar apenas para o improviso.

▬ Momento de Vulnerabilidade: quando Elena tem uma visão, é como se o seu mundo parasse e ela só vivesse aquilo que está vendo. Devido a isso, caso tenha uma visão durante uma batalha (lembrando que ela não tem controle de suas visões), seu inimigo poderia facilmente matá-la, pois ela não será capaz de se defender durante a visão.







O sol já começava a atravessar a janela de meu quarto, e fui obrigada a puxar a cortina para que o reflexo no espelho durante a manhã não fosse incômodo aos meus olhos. Estava terminando de me arrumar para sair, apenas agora passando blush e retocando o gloss, e estava linda. Mas o que importava a minha aparência hoje? Eu estava trajando preto, pois há sete dias eu perdi minha mãe.

Nós estávamos saindo do shopping bastante tarde, após um dia de compras e de um filme na pré-estreia - muito bom, por sinal. Esperávamos o nosso motorista, mas talvez uma sinaleira fechada tivesse feito toda a diferença entre a luz e cinco minutos de trevas, entre a vida e a morte.

▬ Passa a bolsa, morena! - dois homens apareceram mascarados, um empunhando uma arma e o outro me imobilizou por trás, prendendo meus pulsos com sua mão imensa e colocando a lâmina de uma faca contra meu pescoço. ▬ Nem ouse gritar.

Minha mãe optou por resistir, pois sempre teve muita indignação contra esse tipo de gente, e porque - como eu -, esperava que o motorista chegasse para nos buscar logo. Mas não foi assim que aconteceu. Os dois ladrões, o Fedido e o Mal-Cheiroso, perderam a calma e atiraram na minha mãe. Exatamente em sua cabeça. Seu sangue ainda havia espirrado em minha roupa e nos bandidos, que permaneceram frios diante de toda a situação. O Mal-Cheiroso me soltou, pegando a bolsa Vuitton de minha mãe no chão e se afastando.

▬ O que fazemos com ela? - disse o outro, fazendo um sinal com a cabeça em minha direção.

Eu estava estagnada, sem reação, mas lágrimas começaram a escorrer por meu rosto. Você entende aquele momento em que você nada pensa, apenas sente? Eu não conseguia pensar, as informações mal estavam sendo processadas em minha mente. Mas eu sentia... um vazio imenso desde que não ouvi mais a voz de minha mãe, e queria que aqueles dois monstros explodissem naquele exato momento.

▬ Ah, deixa ela aí, não vai nos fazer nada.





Meu pai, em sua bela farda, me abraçou enquanto eu terminava nosso café da manhã. Ele era capitão do Exército, tinha belas insígnias na farda verde, sua plaqueta indicada "Cap. García" e tinha uma insígnia especial como comandante de companhia. Ele era exemplar em sua unidade, tinha uma conduta excelente e caráter digno de um militar. Esse era meu pai, um belo exemplo para mim.

▬ Essa casa vai sentir tanto a sua falta, Lena - ele disse.

O fato é que eu estava indo para os Estados Unidos naquele dia, para estudar e por algo que particularmente chamou muito a minha atenção. Mutantes. Meu pai era o único que sabia da minha habilidade incomum com a água, e até passamos a evitar clubes aquáticos e idas à praia enquanto eu não soubesse controlar meus poderes direito. Tudo para evitar a exposição e qualquer atenção indesejada.

▬ É por uma ótima causa, pai - disse, dando um beijo em seu rosto.

Eu estava indo pela minha formação em Relações Internacionais - a carreira que minha mãe seguiu com excelência como diplomata, e a qual me agrada seguir o ramo. A Universidade de Princeton, em New Jersey, já havia me aceitado, e eu passei o último semestre em um curso intensivo de inglês. Tudo para evitar o vexame de ser logo catalogada como estrangeira.

Ainda fazia questão de ver bem de pertinho todas aquelas atividades mutantes de perto e entender como meu mundo se relacionava com aquilo tudo. Eu não era normal, precisava admitir. "Um dia descobre que ao entrar em contato com a água, se torna uma sereia; quem nunca?" - não é bem assim! Muito menos quando se descobre que também pode controlar a água a seu bel prazer. Eu e meu pai não sabíamos a quem recorrer, então apenas guardamos segredo, e eu tentava controlar meus poderes com melhor maestria. Alguns canos estouraram em casa durante as tentativas, nada demais.

▬ Meu garotão! - disse quando Golden, meu cachorro border collie cor-de-mel, invadiu a sala de jantar.

▬ Controle-o, Lena, ele vai derrubar a mesa de novo.

▬ Não se incomoda com isso, pai. Mas então, vai no Aeroporto antes de eu ir? - questionei, enquanto tentava segurar Golden na sala.





Bem, o meu pai não pôde ir no Aeroporto me ver antes de meu voo sair. São as consequências do prestígio em sua carreira: tempo limitado. Eu não enfrentava coisa diferente com minha mãe. Mas ao menos meu cachorro não tinha com ter esse problema, e contra os planos que já estavam feitos, ele veio comigo em viagem. Quem se importa?

Agora que eu havia chegado, enfim, muita coisa estava nos planos. O primeiro era comprar um apartamento agradável, mas isso não demoraria. A segunda coisa, efetivar minha matrícula em Princeton, e a terceira, comprar os jornais e revistas mais recentes, para ter as tais informações sobre mutantes, os heróis e esse mundo todo. Eu nunca disse ao meu pai, mas não seria surpreendente para ele... eu tinha o imenso desejo de me vingar dos assassinos de minha mãe. Queria que eles sentissem o que minha mãe sentiu. Em outro momento de minha vida, se alguém dissesse algo assim, eu tentaria convencê-lo do contrário. Tentaria convencê-lo ao perdão. Mas agora... Afinal, quais são os melhores jornais daqui?

@ TDN