[FP] - Adam Ledger

Nasci na Alemanha, minha mãe morreu no parto e meu pai fugiu quando descobriu que minha mãe estava grávida, então logo que nasci fui mandado para um orfanato, não era um lugar tão ruim assim de se viver, as pessoas lá eram legais e as crianças também eram, porém mesmo assim eu sentia falta de meus pais, mesmo nunca tendo os visto alguma vez eles faziam falta ali, passava todas as noites imaginando como seria a sensação do abraço de uma mão ou o de um pai, não sabia ao certo o que era ter uma família, mas todas as noites naquele orfanato eu tentava imaginar como era ter uma. Passei toda minha infância naquele lugar, até eu completar 15 anos, onde algumas anormalidades começaram a aparecer em meu corpo, alguns meninos na puberdade tinham as vozes mais grossas ou então cabelos cresciam pelo seus corpos, mas em mim cresceram escamas, grandes, geladas e duras, elas não me machucavam, mas isso fazia com que ninguém quisesse me adotar naquele lugar. Cada dia cresciam mais escamas em meu corpo e isso me incomodava, afinal incomodaria qualquer pessoa. Certo dia enquanto eu estava no orfanato, recebi a notícia de que uma pessoa queria me adotar, fiquei feliz em saber aquilo, afinal era difícil, quer dizer, impossível para as pessoas quererem adoras um garoto como eu. Uma mulher alta, loira, pele branca com a neve, seios fartos, lábios carnudos e corpo esbelto, essa era quem iria me adotar, tivesse a reação de qualquer outro adolescente da minha idade quando me deparei com aquela mulher, me apaixonei, porém sabia que aquilo estava errado, afinal aquela seria a minha mãe a partir de agora.
Quando ela me levou para sua casa, me deu as boas vindas e me chamou de filho, era difícil para mim chamar uma desconhecida de mãe, mas foi assim mesmo que o fiz, e qual era o problema nisso? Ela era minha mãe mesmo agora. Quando chegou noite, ela disse que teria uma surpresa para mim no outro dia, beijo minha bochecha o que me fez corar e saiu dali, fechando a porta do que seria o meu quarto a partir daquele dia. Quando acordei no outro dia, estava amarrado em uma maca e usava apenas uma cueca, meu corpo estava coberto por aquelas escamas horríveis, pareciam apenas aumentar, notava minha mãe se aproximar de mim. - Adam... você é especial sabia? Essas escamas são um presente de Deus para você. Aposto que você tem outros dons maravilhosos além destes. Vamos testá-lo agora! - Dizia ela enquanto alisava minhas escamas com suas mãos, naquele momento eu estava com muito medo, afinal não sabia do que ela estava falando. Dons? Como assim, eu era uma espécie de mutante agora? Minha boca estava tapado com uma fita, então naquele momento não podia falar nada.
Então uma espécie de câmara começa a se fechar em volta de mim e apenas conseguia a ouvir a voz daquele mulher que agora sabia que não era minha mãe falar. - Adam, você esta dentro de uma câmara incineradora, vou contar até 5 e irei começar a incinerar você, eu acredito em você filho e sei que com suas habilidades você consegue sair daí. A mamãe te ama, boa sorte. - Era sério isso? Ela ainda tinha a cara-de-pau de dizer que me amava numa situação daquelas? Começo a me perguntar como iria sair dali, e que tipo de habilidades eram essas que ela estava falando. Talvez ela estivesse certa, eu poderia mesmo ter algumas habilidades que me ajudariam a sair dali, me sentia um idiota pensando nisso, mas seria a minha única esperança para sair dali, começo a pensar, e aos poucos começava a ficar quente ali e eu começava a suar muito. Então, pensei como aquelas minhas escamas eram de gelo, eu poderia conseguir de algum jeito congelar aquilo tudo para sair dali, agora sim, eu só poderia estar louco para pensar em algo assim, mas de qualquer jeito teria que tentar.
Fecho os olhos e começo a imaginar gelo por toda a parte e quado abro os olhos, nada havia mudado, apenas sentia minha pele cozinhar aos poucos. Fecho os olhos novamente e imagino mais uma vez gelo por todos os lados, me concentro cada vez mais naquilo e sinto que aos poucos o local ia refrescando e quando abro os olhos meu corpo e as algemas estavam cobertas de gelo, mas eu não sentia frio, quebro as algemas com facilidade agora que estavam congeladas e congelo com mais facilidade a câmara a minha volta e consigo sair dali de dentro aliviado por estar vivo e confuso, pois não acreditava que eu havia congelado tudo. Vejo ela se aproximar de mim novamente como se fosse me abraçar e tiro a fita da minha boca. - Não se aproxime ou eu... eu vou... eu vou congelar você. - Dizia enquanto imaginava que tipo de ameaça era aquele que eu havia feito. Noto a expressão no rosto dela mudar e ela começa a gargalhar de mim. - Adam... você poderia ser tão poderoso se continuasse comigo. Até o deixaria me chamar de mãe... mas não posso deixar um pirralho como você me ameaçar desse jeito. - Disse ela ficando séria de novo e aos poucos começo a sentir uma enorme dor de cabeça e caio deitado no chão gritando de dor, sabia que era ela que estava fazendo aquilo, mas me perguntava como. Será que ela era assim como eu? - Sim eu sou. Eu posso ler pensamentos Adam... e essa dor de cabeça que esta sentindo agora é culpa minha. - Conseguia ouvir as risadas dela. - Vai... pro inferno. - Foi a única coisa que consegui dizer enquanto continuava sentindo minha cabeça latejar de tanta dor. Noto que ela ficou braba com aquilo e a sinto pisar com força em minha cabeça. - Cale a boca... bem, não preciso ficar irritada com você, se quiser me achar algum dia, eu me chamo Katherine Morgan, esse é meu verdadeiro nome. Venha a mim, poderemos brincar mais da próxima vez que você me achar. - Dizia ela enquanto eu continuava sentindo seu pé sobre minha cabeça então, fecho os olhos e acabo desmaiando ali.
Hoje em dia eu tenho 23 anos, nunca encontrei aquela mulher novamente, mas esse é um de meus objetivos, eu gosto de me auto-intitular um vilão, pois gosto me sinto bem quando as pessoas pensem que eu sou mal e acho que não seria uma bom herói. Bem, ao longo de todos esses anos descobri que Katherine estava certa, eu tenho algumas habilidades que eu diria serem bem legais mesmo, não as uso em público para não pensarem que eu sou uma aberração ou algo do tipo, mas sempre que possível eu gosto de usá-las apenas por diversão.
Me mudei para Inglaterra e hoje em dia tenho uma vida "normal", aprendi a controlar aquelas escamas e elas só aparecem quando eu quero, e nos dias de hoje o meu único objetivo é encontrar novamente Katherine e acabar com ela, as vezes eu penso que é algo clichê isso, mas fazer o que né? É o que eu quero, e apenas quero isso, pois ainda penso que ela deve fazer esse tipo de experiências que fez comigo com pessoas como eu.